Sá Nogueira 1921-2002
Filho de Augusto Vieira de Sá Nogueira (11 de Janeiro de 1878 – 1935), sobrinho-neto por varonia do 1.º Barão de Sá da Bandeira, 1.º Visconde de Sá da Bandeira e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, e de sua mulher Amélia Dantas Pereira (14 de Julho de 1886 – 25 de Fevereiro de 1960), Rolando Sá Nogueira nasce em 1921- Lisboa. Passa os cinco anos seguintes em Angola, onde decorria a carreira militar do pai. Regressa a Lisboa e ingressa no Colégio Vasco da Gama em regime de internato. Em 1931 abandona o colégio para viver com um tio, ficando com ele até ao regresso dos pais em 1933.
Em 1942 ingressa na Escola de Belas-Artes de Lisboa para cursar arquitectura. Em 1946 desiste desse curso e inscreve-se em pintura. Faz amizade, entre outros, com João Abel Manta, Jorge Vieira (escultor) e José Dias Coelho. Apresenta o seu trabalho pela primeira vez em exposições coletivas em 1947, na 2ª Exposição Geral de Artes Plásticas; termina os estudos em 1950.
Em 1960 faz a sua primeira exposição individual. Entre 1962 e 1964 estuda em Birmingham e na Slade School, em Londres, como bolseiro da Fundação Gulbenkian. Participa nas iniciativas da Cooperativa de Gravadores Portugueses.
A 24 de Abril de 1963 foi feito Comendador da Ordem da Instrução Pública.
Entre 1969 e 1975 colabora no ateliê do arquitecto Francisco da Conceição Silva, fazendo intervenções plásticas e coordenando as opções cromáticas de projectos arquitetónicos.
A sua ação como professor ligado ao ensino do desenho foi determinante na formação de várias gerações de artistas mais jovens. Desde a década de 1960 e até ao final da vida ensinou em diversas instituições, nomeadamente na Sociedade Nacional de Belas Artes, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, ou na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa.
Em 2004, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o pintor dando o seu nome a uma rua na zona do Pólo Universitário da Ajuda, em Lisboa.
EXPOSIÇÕES (selecção):
• Exposições Gerais de Artes Plásticas, SNBA, Lisboa, 1947, 1949, 1950, 1951, 1953, 1954.
• II Bienal de São Paulo, 1953.
• I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1957.
• Salão de Inverno da Sociedade Nacional de Belas Artes, SNBA, 1958.
• I Salão de Arte Moderna, SNBA, Lisboa, 1958.
• Exposição individual, Biblioteca Municipal, Castelo Branco, 1960.
• Exposição individual, Galeria Diário de Notícias, Lisboa, 1961.
• II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1961.
• Exposição individual – Sá Nogueira: Colagens; Galeria 111, Lisboa, 1965.
• Exposição individual, SNBA, Lisboa, 1966.
• Bienal de Tóquio, 1967.
• Exposições individuais, Galeria Interior, Lisboa, 1970, 1977.
• Arte Portuguesa Contemporânea, Brasília, S. Paulo, Rio de Janeiro, 1976-77.
• Arte Portuguesa nos Anos 50, Biblioteca Municipal, Beja; SNBA, Lisboa, 1992.
• Exposições individuais, Galeria Ana Isabel, Lisboa, 1983, 1986, 1987, 1989,
• Exposição individual, Galeria Nasoni, 1994.
• Imagens da Arte Portuguesa do Século XX, Coleção Manuel de Brito, Museu do Chiado, Lisboa, Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1994, 95.
• Exposição retrospetiva, Museu do Chiado, Lisboa, 1998.
PRÉMIOS
• Prémio Silva Porto, 56º Salão da Primavera, 1960.
• Prémio Soquil (Menção Honrosa), 1972.
• Prémio Doutor Gustavo Cordeiro da Academia Nacional de Belas Artes, 1990.
OBRAS ARTE PÚBLICA:
• Revestimento do refeitório da Escola Primária do Vale Escuro (1953-1956).
• Painel de azulejos, Av. Infante Santo (1958).
• Revestimento do Laboratório Luso-Fármaco em Lisboa (1958).
• Painel da entrada do Parque de Campismo de Monsanto (1961).
• Pintura mural, Loja Valentim de Carvalho, Cascais (c. 1970)
• Revestimento em azulejos da estação Laranjeiras, do Metropolitano de Lisboa (com a colaboração de Fernando Conduto(1988).
• Painel de azulejos para a nova sede da Caixa Geral de Depósitos (1993).
• Rio Vivo (no Parque das Nações em Lisboa).
• Painel com motivos de Borboletas no prolongamento da Av. dos Estados Unidos da América.