Alberto Carneiro 1937-2017
Nasceu em S. Mamede do Coronado. De 1947 a 1958, foi imaginário: trabalhou nas oficinas de arte religiosa da sua terra natal, onde se iniciou nas tecnologias da madeira, da pedra e do marfim.
Fez os estudos secundários nos cursos nocturnos das Escolas de Arte Decorativas Soares dos Reis e António Arroio; licenciou-se em Escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto onde vive e onde desenvolveu parte substancial da sua actividade.
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1986 e 1970.
LER +/-PRÉMIOS:
1963, prémio Rocha Cabral da Academia Nacional de Belas-Artes
1968, Prémio Nacional de Escultura.
1971,Prémio da Crítica – Menção honrosa
1986,Prémio AICA-SEC em 1986.
1987/88, Prémio Nacional de Artes Plásticas – Antena I (1987/88).
A produção de Alberto Carneiro saiu diversas vezes da obra singular – a que geralmente associa a madeira como matéria eleita – para abranger o conceito de instalação ou, num sentido ainda mais lato, de projecto. Em torno de questões ecológicas, pondo em jogo não só materiais naturais, como a própria natureza e o seu corpo, Alberto Carneiro questiona os limites da arte e o seu papel no mundo contemporâneo.
Organizou, participando e dirigindo cursos, debates e seminários sobre dinâmica corporal, sobre arte e sobre pedagogia. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian no Porto (de 1962 a 1967) e em Londres (de 1968 a 1970) e dela recebeu um subsídio de investigação para estudar formas e procedimentos estéticos resultantes do amanho da terra (1975/76). Subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, pelo Instituto de Alta Cultura e pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, fez viagens pela Europa, pelos Estados Unidos da América e pelo Brasil e participou em Congressos e conferências sobre arte e sobre o seu ensino.
Foi professor na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. De 1972 a 1985 foi responsável pela orientação artística e pedagógica do Círculo de Artes Plásticas, Organismo Autónomo da Universidade de Coimbra.
Participou, como escultor convidado, no Simpósio Internacional de Escultura (madeira) Forma Viva em Konstanjevica, Yugoslávia.