Alice Jorge 1924-2008
Após ter finalizado a Escola de Artes Aplicadas António Arroio, ingressou no Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1946 – 54). Cursou Pedagogia na Faculdade de Letras de Lisboa (1952/ 53).
Começou a expôr nos anos 50 nas Exposições Gerais de Artes Plásticas, da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA). Afastada do ensino secundário em 1955, foi reintegrada em 1974.
Frequentou os seminários da Cooperativa Gravura, orientados por W. Hayter (1964) e Rossini Perez (1965) e o curso de Serigrafia na ARCO (1974). Além da Gravura, Pintura e Desenho.
Foi Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1960 e de 1968 a 1970, em Paris, e de 1976 a 1978 no país para a execução de um álbum sobre técnicas de gravura
Em 1986, publica o livro “Técnicas da Gravura Artística”, co-autoria da artista Maria Gabriel, editado pela SEC e Livros Horizontes.
Trabalha em Cerâmica, Azulejo, Vidros de Arte e Tapeçaria.
Ilustrou, com gravuras originais, o livro “In Memoriam Memoriae”, de David Mourão Ferreira, além de “Cinco Réis de Gente”, de Aquilino Ribeiro, e as edições especiais da “Divina Comédia”, “Mil e Uma Noites”, “Decameron”, “Novelas Exemplares”, e outras obras que também incluem arranjos gráficos de sua autoria.
É autora, em colaboração com Júlio Pomar (com que foi casada entre 1954 e 1961), de um dos painéis de azulejo da Av. Infante Santo, em Lisboa.
Participou na fundação da Cooperativa Gravura, sendo membro da Direcção de 1956 a 1968.
Foi membro do Conselho Técnico da Sociedade Nacional de Belas Artes de 1980 a 1984.
PRÉMIO:
Foi agraciada com a Ordem de Santiago de Espada por mérito cultural.
EXPOSIÇOES INDIVIDUAIS:
Cooperativa Gravura, Lisboa (1960); Galeria Diário de Notícias, Lisboa (1963); Cooperativa Gravura, Lisboa (1968); Galeria S. Francisco, Lisboa (1971); Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1972); Junta de Turismo da Costa do Sol (1977); SNBA, Lisboa (1978); Galeria Tempo, Lisboa; Galeria Alvarez, Porto (1980); Galeria Ana Isabel, Lisboa (1983); Galeria Diário de Notícias, Lisboa (1985); Galeria Bertrand, Lisboa e Porto (1986); Galeria Teatro Romano, Lisboa; Casa- – Museu Romântico, Porto (1991).
A III Bienal de Gravura da Amadora, em 1992, apresentou uma retrospectiva da Obra Gravada de Alice Jorge.
MUSEUS E COLEÇÕES ONDE ESTÁ REPRESENTADA:
Museu Nacional de Arte Contemporânea, Secretaria de Estado da Cultura, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Gulbenkian em Paris, Biblioteca Nacional de Paris e Museu de Luanda.