José Rodrigues 1936-2016
Nasce em Luanda. Em 1955, conclui a Secção preparatória para os cursos de Pintura e Escultura das Escolas Superiores de Belas Artes, inscrevendo-se, nesse ano, no Curso Especial de Escultura da ESBAP. Conclui o Curso Superior de Escultura, em 1963, com a apresentação prova final, Guerreiro, classificada com 20 valores, com a . Cinco anos mais tarde, forma juntamente com Armando Alves, Jorge Pinheiro e Ângelo de Sousa, o grupo Os Quatro Vintes, desfeito em 1972. Após a conclusão do curso, é convidado a exercer o cargo de 2º assistente. Assistente de Barata Feio e Gustavo Bastos, presta provas de agregação em 1972. Professor da ESBAP durante trinta e três anos, abandona a docência em 1996.
Foi um dos membros do grupo portuense “Os Quatro Vintes” fundado em 1968.
Foi um dos fundadores da Cooperativa Árvore onde preconizou um projecto de ensino que engloba as diversas linguagens criativas. A sua faceta de dinamizador cultural está ainda ligada à organização das bienais de Vila Nova de Cerveira, nas quais participou enquanto artista logo nas primeiras edições.
LER +/-Expõe individualmente desde 1984, e em colectivas, desde 1973.
O seu nome e a sua obra haveriam de ligar-se indiscutivelmente à cidade do Porto.. Tem tido uma actividade extremamente fértil nas áreas da escultura, do desenho, da ilustração, da medalhística e da cenografia teatral. Colaborou com o Teatro Universitário do Porto, o Teatro Experimental do Porto, o Teatro Experimental de Cascais, o Grupo de Teatro Hoje.
Tem numerosas obras em espaços públicos, nomeadamente no Porto (Faculdade de Economia, Praça da Ribeira, Foz do Douro, Av. da Boavista), em V. N. de Cerveira, em Viana do Castelo, em Vila do Conde, em Lisboa (Cª Portuguesa Rádio Marconi), nos EUA, etc.
A relevância do conjunto da obra de José Rodrigues no panorama das Artes Plásticas portuguesas foi diversas vezes reconhecida, quer pelos prémios que lhe foram já atribuídos, quer pela participação em bienais internacionais como São Paulo e Veneza, enquanto representante de Portugal.
PRÉMIOS:
1972 – Recebeu o prémio Sousa Cardoso, o Prémio de Crítica de Arte Portuguesa, o Prémio da Imprensa para o melhor espaço cénico realizado em Lisboa.
1980 – Prémio de Escultura da Bienal de V.N. de Cerveira.
1990 – Prémio SOCTIP Artista do Ano.
1994 – Prémio Tendências da Arte Contemporânea em Portugal.
Foi um dos membros do grupo portuense “Os Quatro Vintes” fundado em 1968.
Embora nas duas últimas décadas o artista tenha realizado diversas exposições dedicadas quase exclusivamente ao desenho, foi a produção escultórica que o impôs na cena artística nacional. Inicialmente o escultor procurou a exploração de elementos lineares e filiformes que colocavam as peças em relacionamento evidente com o espaço (deixando-se atravessar por ele) e aspectos inerentes à escultura moderna, como o equilíbrio, a estabilidade versus instabilidade ou o movimento. Posteriormente os temas mitológicos suscitaram diversas obras, marcadas por um figurativismo anatómico, antes ausente da sua produção. No âmbito deste figurativismo a tentação do auto-retrato tem sido uma constante.