Manuel Graça Dias 1953-2019
Manuel Graça Dias nasceu em Lisboa.
Arquitecto (ESBAL, 1977) e iniciou a profissão em Macau, como colaborador do Arqtº Manuel Vicente (1978-1981). Foi assistente da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (1985-1996) sendo, actualmente, Professor Auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (desde 1997), onde se doutorou com a tese Depois da cidade viária (2009) e Professor Catedrático Convidado do Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa (desde 1998), que também dirigiu (entre 2000 e 2004).
Criou em Lisboa, em 1990, o atelier CONTEMPORÂNEA, com Egas José Vieira. A casa que recuperou em 1979, na Graça, em Lisboa, em associação com António Marques Miguel.
PRÉMIOS e CONDECORAÇÕES:
1983 – Recebeu a Menção Honrosa Valmôr
1989 – Obteve, o 1º lugar no concurso para o Pavilhão de Portugal na Expo’92, Sevilha.
1991 – 1º lugar no concurso para a construção da nova sede da A.A.P./Banhos de S. Paulo (actualmente, Ordem dos Arquitectos), em Lisboa.
1999 – Manuel Graça Dias e Egas José Vieira ganharam o Prémio AICA/Ministério da Cultura (Arquitectura), relativo a, pelo conjunto da sua obra construída.
2006 – Manuel Graça Dias foi agraciado, por S. Exª o Presidente da República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Tem escritos variadíssimos artigos de crítica e divulgação de arquitectura em jornais e revistas da especialidade (desde 1978), sendo solicitado para um vasto número de conferências, quer em Portugal quer no estrangeiro. Foi autor de um programa quinzenal (VER ARTES/ARQUITECTURA), na TV2 (1992/1996), colaborador da rádio TSF, assinando várias séries de programas de divulgação de arquitectura (1995/1999), bem como colaborador regular do semanário Expresso na área da crítica de arquitectura (2001/2006). Director do Jornal Arquitectos (2009/2012), orgão da Ordem dos Arquitectos (cuja direcção também assumiu em 2000/2004); Comissário da representação portuguesa à VIII Bienal de Arquitectura de São Paulo (2009); Comissário (com Ana Vaz Milheiro), da Exposição Sul África/Brasil, para a Trienal de Lisboa 2010, tendo sido, ainda, Presidente da Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte, SP/AICA (2008-2012).
É autor de vários livros de crítica ou divulgação de temas de arquitectura: Macau Glória, a glória do vulgar (com Manuel Vicente e Helena Rezende, 1991); Vida Moderna (1992); Graça Dias Egas Vieira, projectos/projects 1985-1995 (com Egas José Vieira, 1996); Ao volante pela cidade/10 entrevistas de arquitectura (1999); O homem que gostava de cidades (2001); Passado Lisboa presente Lisboa futuro (2001); 30 exemplos/arquitectura portuguesa no virar do século XX (2004); Manual das cidades (2006); 11 Cidades/Cities, projectos/projects 1995-2005 (com Egas José Vieira, 2006); Arte, arquitectura e Cidade: A propósito de “Lisboa Monumental” de Fialho de Almeida (2011); 10×10 Pizza a pezzi/15×15 Incubadora de empresas (com Egas José Vieira, 2011).
Manuel Graça Dias tem trabalhos construídos em Almada, Braga, Chaves, Guimarães, Lisboa, Porto, Vila Real, Macau, Madrid, Sevilha e Frankfurt que têm sido objecto de publicação na imprensa especializada e têm vindo a ser mostrados (desde 1978) em exposições colectivas ou individuais.
Co-autor do polémico Estudo de Reconversão Urbana do Estaleiro da Lisnave, em Almada, Manuel Graça Dias ocupa-se, actualmente, com Egas José Vieira, dos projectos do Museu do Aljube, Resistência e Liberdade, em Lisboa, de um Complexo Cultural, Social e Desportivo na Lapa, em Lisboa, bem como da recuperação do Teatro Luis de Camões, também em Lisboa, e da reconversão do Teatro-Cine da Covilhã.
O Teatro Municipal de Almada (Teatro Azul, 1998-2005) que projectou com Egas José Vieira e Gonçalo Afonso Dias foi nomeado (pelos respectivos Júris) para o Prémio Secil, 2007, para o Prémio Mies van der Rohe, 2007 e para o Prémio Aga Khan, 2008/2010.